22 Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, 23 pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. 24 Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos. 25 Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela 26 para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, 27e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. 28 Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. 29Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, 30 pois somos membros do seu corpo. 31 “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” 32 Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. 33 Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito.
Graça nos relacionamentos
Conviver é graça de Deus, principalmente em família. Marido e mulher, pais e filhos, avós e netos, tios e tias, primos e primas, cunhados e cunhadas, sogros e sogras, genros e noras… têm cheiro e sabor de coisa gostosa. Será mesmo?
Para muita gente, conviver em família é um prazer indescritível, para outros nem tanto. A verdade é que a vida em família contem sombras e luzes, sabores doces e sabores amargos, alegrias e tristezas, realizações e decepções. Onde há gente, a gente complica. É o fruto do pecado que de nós brota para envenenar o outro.
Relacionar, portanto, precisa ser algo que se faz pela graça, na força, pelo amor e com a sabedoria que Deus dá a todos que o buscam. Paulo sabia bem disso e é disso que nós estivemos tratando nos últimos encontros que tivemos com Paulo através da carta aos Efésios – conviver é graça de Deus e nós precisamos de graça para conviver.
Os papéis no casamento
- Tendo estudado que casamento e família é lugar de graça, uma vitrine da graça, lugar onde se prova e se partilha da graça de Deus;
- Tendo aprendido um pouco do que significa conviver com graça, como receber e como repartir graça;
- Teremos agora de tratar dos papéis no casamento; falaremos da graça de ser marido e mulher – uma só carne, o mesmo valor diante de Deus, mas com papeis diferentemente definidos por Deus.
Essencialmente, Paulo está tratando de dois princípios fundamentais e indispensáveis para o casal – da submissão da mulher e do amor do marido.
A submissão da mulher
Primeiro as damas! Não é assim que dizemos? Pois bem, o que Paulo quis dizer (e o que ele não quis dizer) quando ele afirmou o que segue?
Ef 5.22-24 | 22 Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, 23 pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. 24 Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.
Submissão! É isso mesmo? Veja o que diz Aurélio:
- Ato ou efeito de submeter(-se) (a uma autoridade, a uma lei, a uma força); obediência, sujeição, subordinação.
- Disposição para aceitar um estado de dependência; docilidade.
- Estado de rebaixamento servil; humildade afetada; subserviência.
Uau! É isso mesmo, Paulo? Bem, esse é mais um daqueles casos bíblicos que o dicionário pode atrapalhar, mais do que ajudar.
Precisaremos usar a Bíblia em seu contexto maior para descobrirmos o que realmente Paulo quis dizer quando falou da submissão da mulher ao marido.
O que não é submissão
Comecemos pelo que não é submissão.
1 – Submissão não é sinal de inferioridade
Ef 5.21-22 | 21 Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo. 22 Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor…
De certa forma, todos nós devemos submissão amorosa aos outros: mulheres aos maridos, filhos aos pais, empregados aos empregadores, mais novos aos mais velhos, civis às autoridades, etc.
Todos, independentemente do sexo, da nacionalidade, da condição social, são um em Cristo (Gl 3.28).
As mulheres são nossas co-herdeiras da salvação, por isso devem ser tratadas com honra e com cuidado (1Pe 3.7).
A mulher também foi criada a imagem, conforme a semelhança de Deus. Gosto muito do comentário que Matthew Henry fez deste texto:
“A mulher não foi formada da cabeça de Adão para que não tivesse domínio sobre ele, nem de seus pés para que não fosse pisada por ele, mas de sua costela para andar lado a lado com ele, debaixo de seus braços a fim de ser protegida, e perto de seu coração a fim de ser amada”.
Paulo vai dizer que a mulher é a glória do homem – 1Coríntios 11.7; portanto, se o homem é o cabeça, a mulher é a sua coroa (e não o pescoço).
2 – Submissão não é obediência incondicional
Ef 5.21-22 | 22 Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, 23 pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. 24 Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.
A submissão da mulher ao marido é uma analogia da submissão da igreja a Cristo. Ou seja, Cristo jamais requereria algo da igreja que desonrasse a Deus. Da mesma forma, subentende-se que maridos agirão em concordância com o Senhor. Por isso suas mulheres se submeterão.
Sempre que o marido age ou requer algo em desacordo com a Palavra de Deus, mulheres ficam, naquilo, desobrigadas a se submeter. Elas, por servirem, antes, ao Senhor e não aos homens, têm o direito de, honrosa e respeitosamente, discordar do marido, desobedecendo ao marido para obedecer a Deus.
3 – Submissão não é para ser impensada
Cristo jamais pede da sua igreja algo que seja insano, impensado, irresponsável e ímpio. Portanto, mulheres estão desobrigadas, diante de Deus, a se submeter impensadamente a tudo o que o marido pede ou impõe.
Sabedoria, prudência, inteligência, amabilidade e todas as qualidades do fruto do Espírito é o que se espera tanto da esposa como do esposo.
1Pe 3.1-6 | 1 Do mesmo modo, mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, a fim de que, se ele não obedece à palavra, seja ganho sem palavras, pelo procedimento de sua mulher, 2 observando a conduta honesta e respeitosa de vocês. 3 A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. 4 Ao contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus. 5 Pois era assim que também costumavam adornar-se as santas mulheres do passado, que colocavam sua esperança em Deus. Elas se sujeitavam cada uma a seu marido, 6 como Sara, que obedecia a Abraão e o chamava senhor. Dela vocês serão filhas, se praticarem o bem e não derem lugar ao medo.
Do que Pedro acabou de dizer, podemos concluir o seguinte:
- A mulher não precisa deixar o cérebro no altar. Ela não é apenas um corpo bonito que serve ao marido.
- A mulher não deve concordar com tudo. Ela não deve aceitar aquilo que desonra a Deus. O marido não é Cristo, é “como Cristo”.
- A mulher não deve desistir de ver o marido transformado à imagem de Jesus. Ela não deve deixar de querer a conversão e a santificação do marido. Ela pode falar, mas com postura.
- A mulher não deve se submeter por causa do medo.Ela entende a chamado bíblico para assim viver.
Portanto, submissão não é sinal de inferioridade, não é obediência incondicional e não é para ser impensada.
O que é submissão
- Submissão é o chamado de Deus para a mulher honrar, afirmar e encorajar a liderança do marido no lar, colaborando com ele segundo os dons que Deus deu a ela para ser ajudadora (auxiliadora – adjetivo usado para Deus no AT!).
- É a disposição de seguir a liderança do marido e de ceder à sua autoridade, pois sabe que ela florescerá no relacionamento apenas quando o marido não for passivo, quando ele assumir as suas responsabilidades e garantir que a família funcione.
Submissão é o resultado de uma mulher cheia do Espírito.
Submissão é prova de maturidade espiritual.
Submissão é a condição para a mulher respirar com liberdade.
Submissão é o chamado de Deus para a esposa.
O amor do marido
Note que, se o imperativo para a mulher é “sujeite-se ao marido” (Ef 5.22), o imperativo para o marido é “ame” (Ef 5.25).
Ef 5.25-33 | 25 Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela 26 para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, 27 e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável. 28 Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. 29 Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, 30 pois somos membros do seu corpo. 31 “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” 32 Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. 33 Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito.
Você já parou para pensar que se há um imperativo para o homem, este não é para liderar ou exercer autoridade, mas para amar.
À mulher, sim, Deus disse que se submetesse à sua autoridade e à sua liderança no lar, mas ao homem não foi isso o que Deus disse. Ao homem ele simplesmente disse: “ame”.
Neste contexto, o que significa amar? Melhor ainda, o que significa exercer autoridade e liderança em amor?
1 – Conferir proteção
Ef 5.25-27 | 25 Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela 26 para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, 27 e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável.
Assim como Deus não poupou esforços para nos proteger da perdição eterna, maridos devem proteger a esposa e o lar. Como? Por exemplo…
Orando, modelando a fé, dando limites aos filhos e disciplinando-os em amor (especialmente quando o pai estiver em casa), doutrinando, tomando iniciativa espiritual e para pedir perdão e resolver conflitos, mantendo-se puro de doenças contagiosas, etc.
2 – Conceder provisão
Ef 5.28-30 | 28 Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. 29 Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, 30 pois somos membros do seu corpo.
Provisão física, material, emocional e espiritual.
3 – Compartilhar presença
Ef 5.31-32 | 31 “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” 32 Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja.
Homens devem exercer autoridade e liderança de forma presente – amorosa e presente. Pedro entendeu isso e disse:
1Pe 3.7 | Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres [na vida comum do lar – ARA] e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma que não sejam interrompidas as suas orações.
- Presente em casa – “sabedoria para a vida comum do lar”
- Presente com afetos – “honra”
- Presente com preocupação – “frágil”
- Presente com comunhão cristã – “co-herdeiras da graça”
- Presente em orações – “orações”
A graça de ser marido e mulher
A graça de ser marido e mulher está em cada um assumir seu papel. Mulheres se submetem com alegria. Maridos lideram com amor.
Muito, muito mais poderia ser dito, mas o tempo não permite. Minha oração, no entanto, é para que os princípios aqui apresentados sejam pensados e praticados por todos os casais da igreja.
Que nós, pela graça e com graça, sejamos maridos e mulheres que, como vitrines, refletem ao mundo a graça de ser marido e mulher. FIM!
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Sinopse:
Em algum momento, você olhou sua imagem refletida no espelho e se perguntou: "Que tipo de esposa eu sou"? Ou: "como deve ser estar casado comigo"? Você sabe como é ser casada com seu companheiro, mas quantas vezes você pensou em como é para ele ser casado com você? Esses questionamentos exigem muita coragem de nossa parte, pois as respostas podem não ser exatamente o que gostaríamos de ouvir. Linda Dillow enche você de coragem para fazer essa autoavaliação e vai além, mostrando que é possível tornar-se a esposa que o seu marido deseja e merece e quanta alegria isso trará para sua vida e também para o relacionamento a dois. Com base em sua experiência e também em diversas entrevistas feitas com mulheres casadas, a autora destrincha essa pergunta principal em diversos itens, para que você caminhe, um passo de cada vez, para a concretização do casamento dos seus sonhos.
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Sinopse:
As diferenças gritantes no jeito de ser e de agir de homens e mulheres já não são novidade há tempos. O que continua sendo um dilema é como fazer dar certo uma relação entre duas pessoas que às vezes parecem ter vindo de planetas distintos. Compreender essas diferenças é parte da solução e é nisso que Gary Chapman vai ajudar você. Com mais de 30 anos de experiência no aconselhamento de casais, ele percebeu que cada um de nós adota uma linguagem pela qual damos e recebemos amor. Quando o casal não entende corretamente a linguagem predominante de cada um, a comunicação é afetada, impedindo que se sintam amados, aceitos e valorizados. Nesta terceira edição de sua clássica obra sobre relacionamentos, que já vendeu mais de 8 milhões de exemplares, Gary Chapman não só explica as cinco linguagens como apresenta um questionário para os maridos e outro para as esposas descobrirem a sua linguagem de amor. Além disso, uma seção especial de perguntas e respostas vai esclarecer todas as suas dúvidas e lhe dar o direcionamento sobre como expressar melhor seu amor a seu cônjuge e ajudará você a compreender a forma dele manifestar o amor. Gary Chapman identificou cinco formas através das quais as pessoas expressam e recebem as manifestações de amor: palavras de afirmação; tempo de qualidade; presentes; atos de serviço; toque físico. Aprendam, você e seu cônjuge, a se comunicar através dessas linguagens e experimentem como é ser realmente amado e compreendido.
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