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Explicando o Ensino Pós - Tribulacionista.



A Origem do Ensino de um Arrebatamento Pré-Tribulacional


O arrebatamento pré-tribulacional veio à existência mediante uma exegese cuidadosa da Escritura? Não! A primeira pessoa a ensinar a doutrina foi uma jovem chamada Margaret Macdonald. Margaret não era teóloga nem expositora bíblica, mas uma profetiza da seita Irvingita2 (a Igreja Católica Apostólica). O jornalista cristão Dave MacPherson escreveu um livro sobre o assunto da origem do arrebatamento secreto.


Ele escreve: “Temos visto que uma jovem escocesa chamada Margaret Macdonald teve uma revelação particular em Port Glasgow, Escócia, no começo de 1830, de que um grupo seleto de cristãos seria capturado para encontrar Cristo nos ares, antes dos dias do Anticristo. Uma testemunha ocular, Robert Norton M.D., preservou o relato escrito a mão por ela da sua revelação de um arrebatamento pré-tribulacional em dois de seus livros, e disse que foi a primeira vez que alguém dividiu a segunda vinda em duas partes ou estágios distintos.


 Seus escritos, juntamente com muitas outras literaturas da Igreja Católica Apostólica, ficaram escondidos por muitas décadas do pensamento evangélico dominante, e apenas recentemente reapareceram. As visões de Margaret eram bem conhecidas por aqueles que visitavam sua casa, entre eles John Darby dos Irmãos. Dentro de poucos meses sua concepção profética distintiva foi refletida na edição de setembro de 1830 do The Morning Watch3 e na primeira assembléia dos Irmãos em Plymouth, Inglaterra.


Os primeiros discípulos da interpretação pré-tribulacionista freqüentemente a chamavam de uma nova doutrina”. John Nelson Darby (1800-1882), que foi o líder do movimento Irmãos e “pai do Dispensacionalismo moderno”, tomou o novo ensino de Margaret Macdonald sobre o arrebatamento, fez algumas mudanças (ela ensinava um arrebatamento parcial de crentes, enquanto ele ensinava que todos os crentes seriam arrebatados) e incorporou-o em seu entendimento dispensacionalista da Escritura e profecia. Darby gastaria o resto de sua vida falando, escrevendo e viajando para espalhar a nova teoria do arrebatamento.


 Os Irmãos de Plymouth admitiam abertamente e até mesmo se orgulhavam do fato que entre os seus ensinos estavam alguns totalmente novos, que nunca tinham sido ensinados pelos pais da igreja, escolásticos medievais, reformadores protestantes e muitos outros comentaristas. O maior responsável pela ampla aceitação do pré-tribulacionismo e dispensacionalismo entre os evangélicos foi Cyrus Ingerson Scofield (1843- 1921). C. I. Scofield publicou sua Bíblia de Referência Scofield em 1909. Essa Bíblia, que expunha as doutrinas de Darby em suas notas, se tornou muito popular em círculos fundamentalistas.


Na mente de muitos – professores da Bíblia, pastores fundamentalistas e multidões de cristãos professos – as notas de Scofield eram praticamente igualadas à própria palavra de Deus. Se uma pessoa não aderia ao esquema dispensacionalista e pré-tribulacional, ele ou ela seria quase que automaticamente rotulado de modernista. Hoje existe uma abundância de livros advogando a teoria do arrebatamento pré-tribulacional e o entendimento dispensacionalista dos fins dos tempos. Dado o fato que entre os cristãos professos o arrebatamento pré- tribulacional ainda é freneticamente popular, uma comparação dessa teoria com o ensino bíblico está justificado. Veremos que os argumentos típicos oferecidos em favor dessa teoria estão em conflito com a Bíblia


Agora, passarei a expor o ensino das Escrituras Sagradas a respeito deste assunto. Começarei mostrando que tanto Jesus como seus apóstolos advertem que a Igreja passará por muitas tribulações, inclusive pela chamada Grande Tribulação e que isto não é sinal de abandono ou derrota. Depois estudaremos os sinais que precedem a Segunda Vinda de Cristo. Demonstrando que o ensino bíblico é que o Arrebatamento da Igreja acontecerá após a Grande Tribulação, sendo parte integrante da Segunda Vinda de Cristo que é um evento único e visível para todos os habitantes da terra. Jesus destruirá o anticristo com o sopro de sua boca por ocasião da sua vinda. Por fim, depois de demonstrar a falta de base bíblica do ponto de vista pré-tribulacionista.



O apóstolo Paulo ensina que a Segunda Vinda de Cristo e a nossa reunião com ele, reunião esta que se dará através do arrebatamento (1Ts 4.16,17 cf. 2Ts 2.1-3), “não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.” (2Ts 2.3b,4). Os próprios dispensacionalistas concordam que o Anticristo se revela dando início ao período da Grande Tribulação. Portanto, o apóstolo nos garante que a Segunda Vinda de Cristo e a nossa reunião com ele (o arrebatamento) só se dará após a revelação do “homem da iniquidade”. 


O contexto é claro: os cristãos tessalonicenses estavam sendo perturbados por aqueles que ensinavam que a Segunda Vinda era iminente, ou seja, que poderia se dar a qualquer instante sem sinais prévios (2Ts 2.2). Sabemos que o que os tessalonicenses esperavam era a Segunda Vinda de Cristo que desencadearia o arrebatamento da Igreja (2Ts 1.10). Sabemos também que aqueles cristãos tinham a expectativa do arrebatamento conforme foram instruídos pelo apóstolo em sua primeira carta (1Ts 4.13-18). 

Paulo, então, procura acalmá-los dizendo que são falsos os ensinos que diziam que o arrebatamento estava às portas ou que já até havia acontecido (2Ts 2.2), pois que tal não aconteceria sem que primeiro ocorressem dois grandes sinais, a saber, a apostasia e a revelação do anticristo, o que é o mesmo que dizer que o arrebatamento da Igreja não se dará antes do período da Grande Tribulação. Paulo lembra que a Segunda Vinda de Cristo e a nossa reunião com ele (2Ts 2.1) ocorrerão posteriormente a manifestação do Anticristo:

 “então, de fato, será revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca, e o destruirá, pela manifestação de sua vinda” (2Ts 2.8). Paulo não nos informa o que ou quem é que está detendo a manifestação do iníquo (2Ts 2.6-7), mas não se trata do arrebatamento da Igreja, pois Paulo deixa claro que o arrebatamento só se dará após a revelação do Anticristo.


O ensinamento de Paulo se encaixa perfeitamente com o ensino de Cristo, que afirmou: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” (Mt 24.29-31). 


Cristo ensina claramente que sua Segunda Vinda, o que inclui a nossa consequente reunião com ele, só se dará “logo em seguida à tribulação daqueles dias”. O ensino de Jesus e de Paulo era claramente pós-tribulacionista. Os tessalonicenses não poderiam estar esperando um arrebatamento para os livrar da Grande Tribulação, pois eles estavam instruídos a respeito de que o desígnio de Deus para os cristãos é a tribulação: “a fim de que ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto” (1 Ts 3.3, ver também v.7; 2 Ts 1.4-7); 

Como ensinou Jesus: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim... Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que seu Senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros... Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou... Tenho-vos dito estas coisas para que não vos escandalizeis. Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus... Esta coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. (Jo 15.18, 20, 21; 16.1,2,33).


Se sabemos que a ressurreição dos mortos precederá, mesmo que em milésimos de segundos, o arrebatamento (1Ts 4,16-17). E se também sabemos que a ressurreição é algo que acontecerá apenas no último dia (Jo 6.39, 40, 44, 54; 11.24)! Então, precisamos concordar que o arrebatamento é algo que acontece no último dia e não sete anos antes do último dia como ensinam os pré-milenistas e nem três anos e meio como como o querem os midi. 


O Último Dia é também o Dia do ressoar da Última Trombeta. Apocalipse diz que quando o sétimo anjo tocar a sua trombeta, haverá fortes vozes nos céus, dizendo assim: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15); Pois, na sequência, aparecerá no céu um sinal extraordinário (Ap 12.1)! Portanto, após o soar da última trombeta, não haverá Grande Tribulação, mas a plenitude do Reinado de Cristo! E, também, após o soar da última trombeta, não acontecerá um arrebatamento secreto, mas a aparição gloriosa do Filho de Deus que vem sobre as nuvens dos céus como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16). 



A Ira de Deus e o Dia do Senhor


A Igreja não está destina a ira de Deus. A ira de Deus é o seu justo juízo sobre toda a impiedade (Rm 1.18). "O Dia da Ira" (Rm 2.5) e "a Ira" (Ef 5.6) são também conhecidos como "O Dia do Senhor" (Is 13.9; Joel 2.1-11; 1Ts 5.2; 2Ts 2.2). É o Dia do Juízo Final: "Vejam! O dia do Senhor está perto, dia cruel, de ira e grande furor, para devastar a terra e destruir os seus pecadores. As estrelas do céu e as suas constelações não mostrarão a sua luz. O sol nascente escurecerá, e a lua não fará brilhar a sua luz. Castigarei o mundo por causa da sua maldade, os ímpios pela sua iniquidade. Darei fim à arrogância dos altivos e humilharei o orgulho dos cruéis" (Is 13.8-11). 



Qualquer tentativa de distinguir entre o Dia do Senhor e o Dia de Cristo e encontrá-los em dois diferentes programas escatológicos, um para Israel e outro para a Igreja está fadada ao fracasso, pois, para os cristãos do Novo Testamento, Jesus é o Senhor! (Fp 2.11; Rm 10.9). Ladd diz que a vinda de Cristo, para reunir seu povo, tanto os vivos como os mortos, para si (1 Ts 4.13-17), é chamada de o Dia do Senhor (1Ts 5.2), como o é sua vinda para julgar os infiéis (2Ts 2.2).


Em 1Ts 5.9, Paulo afirma: "porque Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo". Observe que o Apóstolo está contrastando "Ira" com "Salvação". Paulo está afirmando que os salvos em Cristo não estão destinados a condenação no Juízo Final (Rm 2.5; 5.9; Ef 5.6; Cl 3.6; 1 Ts 5.9; Ap 14.10 e 19; 19.15). "Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1). "Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele”. De modo que 1 Ts 5.9 não diz respeito a Grande Tribulação, mas sim a condenação do Juízo Final. De modo que, no Dia da Ira de Deus, os ímpios clamarão para que as rochas caiam sobre suas cabeças tal é a expectativa de condenação final (Ap 6.11-17; Ap 11.18). 




Mas, embora a Igreja não esteja destina à Ira, ela está destinada à Tribulação conforme lemos em 1 Pe 2.20-21; At 14.22; Jo 16.33; Rm 8.18, 23, 35, 36; 2 Co 8.2). Jesus advertiu seus discípulos com muitas palavras a respeito das tribulações que teriam de enfrentar por amor a Ele: “Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa" (Mt 24.9). "...Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro" (Ap 7.14). Tiago também enxerga os discípulos de Cristo enfrentando e vencendo a provação através da perseverança na fé em Jesus: "Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam" (Tg 1.12).





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1 comentários:

Unknown disse...

AMÉM irmão!!!!
este tmbm é meu entendimento!!!!