É certo que o cristão não perderá a salvação caso sofra de algum
distúrbio físico ou psíquico (há casos em que uma disfunção do físico
acarreta distúrbios psíquicos) e cometa o suicídio. Porém, se de outro
modo, alguém que se intitula cristão, deliberadamente atentar contra a
própria vida como fazem os seguidores de Maomé, como será engrandecido o
nome do Senhor em tamanho desatino? ( Fl 1:20 -26)
"E
ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o
imundo não passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até
mesmo os loucos, não errarão" ( Is 35:8 )
Nada melhor que nos socorrer das Escrituras quando nos deparamos com temas complexos.
Ora, se uma pessoa que não crê em Cristo comete suicídio é certo que
não será salva. Por qual motivo: Porque ela suicidou-se, ou porque não
creu em Cristo? Sem medo de errar: um suicida ou qualquer outra pessoa
não será salva porque não creu no Unigênito Filho de Deus!
Não é porque violou algum mandamento que o descrente não será salvo
(Agostinho argumentou que o suicídio era uma violação do sexto
mandamento). Também não é por ter deixado de fazer ‘confissão de pecado’
que não será salvo. Antes, irá para a condenação eterna por não ter
entrado pela porta estreita que é Cristo "Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados" ( Jo 8:24 ).
Não é a confissão de algum erro de conduta, também nomeado de pecado,
que irá livrar o homem do fogo do inferno, visto que, tal confissão tem
por base um arrependimento de obras mortas, e não uma mudança de
conceito acerca de como alcançar a salvação (arrependimento verdadeiro).
(Tomas de Aquino acreditava que o suicídio era o mais fatal de todos os
pecados, porque a ‘vítima’ não poderia se arrepender e confessar o seu
delito).
Alguém que professa a verdade do evangelho e deixa levar-se por
alguma ideia suicida será salvo? A resposta será dada em duas etapas.
De onde vem a ideia suicida? Qual a origem do suicídio? Ora, é
corrente que a ideia suicida é proveniente de algum distúrbio psíquico,
visto que tais idéias surgem e se instalam em pessoas com problemas de
depressão, ansiedade, psicose, etc.
Tais distúrbios associados aos seguintes fatores aumentam o risco de
suicídio: isolamento social, falta de amigos, não ser casado, não morar
com outras pessoas, não ter filhos, não ser religioso, etc.
O que se observa é que a idéia suicida decorre de algum problema psíquico.
Sabemos também que todos os homens entram pela porta larga ao
nascerem segundo Adão, e que seguem por um caminho que os conduzirá à
perdição. Sabemos também que é necessário ao homem nascer de novo
(entrar pela porta estreita), para que possam trilhar o novo e vivo
caminho que conduz à vida eterna (Jesus).
Ora, se uma pessoa aceita a Cristo segundo a verdade do evangelho,
ela entrou pela porta estreita e segue pelo caminho que o conduzirá a
salvação. Após ter entrado pela porta que é Cristo é possível errar o
caminho por causa de um distúrbio psíquico? Não!
Não será um distúrbio psíquico que separará o cristão do amor de Deus
em Cristo. Não é a morte ou a vida que separará o Cristão do amor de
Deus ( Rm 8:38 ).
No milênio haverá para os remanescentes de Israel uma estrada, um
caminho, denominado de “O caminho Santo”. O imundo (ímpios) não andará
pelo Caminho Santo. O caminho será exclusivo para os separados por Deus
(os remidos). O caminho pertencerá àqueles que foram fortalecidos e que
não temem ( Is 35:3 e 4).
Naquele dia os ‘caminhantes’, ou seja, os remidos, não errarão! Nem
mesmo os loucos (povo de Israel) errarão o caminho, pois foram resgatados pelo Senhor ( Is 35:9 -10).
Se no milênio a graça de Deus se mostrará maravilhosa àqueles que
virão à Sião restaurada, que se dirá hoje, na dispensação da graça. Quem
entra por Cristo, a porta estreita, jamais percorrerá outro caminho.
Sobre este mister, diz o salmo primeiro: “Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém, o caminho dos ímpios perecerá”
( Sl 1:6 ). O caminho que pertence aos justos é conhecido pelo Senhor,
ou seja, está intimamente ligado a Ele. Já o caminho dos ímpios
perecerá, visto que é um caminho que conduz a perdição ( Mt 7:3 ).
O evangelho (fé em) de Cristo é para salvação do homem, livrando-o da
condenação estabelecida em Adão. Por vezes, a crença (fé) na verdade do
evangelho (fé) é suficiente para livrar o homem de algum distúrbio
psíquico. Porém, vale salientar que está não é a regra, e quem sofre de
distúrbios psíquicos precisam de tratamento psicológico ou psiquiátrico
específico.
Jó diante das agruras que lhe foram impostas amaldiçoou o dia do seu nascimento e desejou não ter nascido “Por que não morri eu desde a madre? Em saindo do ventre, não expirei?”
( Jó 3:11 ), contudo continuo confiando no Deus da sua salvação. Diante
das agruras desta vida o cristão deve se armar da mesma confiança de
Jó.
Agora, o que tornou Judas diferente de outros homens que foram
salvos? O suicídio? Não! Judas não foi salvo porque deu cabo de sua
própria vida, antes porque não creu na misericórdia de Deus manifesta
aos homens.
Qual a traição maior: a de Judas ou a de Pedro? Por certo que elas
são equivalentes. Porém, diferente de Judas, Pedro ao ver-se ‘infiel’
recobrou-se do seu erro de conduta e confiou em Quem é fiel e nunca se
demove da sua fidelidade. Pedro continuou a produzir os frutos (frutos
dos lábios) dignos do arrependimento: professando a sua salvação em
Cristo.
Judas, por sua vez, tomado de arrependimento pela infidelidade ao
Mestre, não se arrependeu para salvação (não mudou o seu conceito de
como se dá a salvação em Cristo), antes se arrependeu à vista do seu
comportamento (arrependimento de obras mortas), o que muitos entendem
ser remorso.
O apóstolo Paulo demonstra que a sua esperança e expectativa eram
intensos, e que jamais seria confundido. Ele tinha plena confiança que
Cristo haveria de ser engrandecido no seu corpo, tanto em vida ou
através da morte ( Fl 1:20 ). O firme fundamento de Paulo era Cristo,
pois o viver é Cristo, e morrer em Cristo é lucro (v. 21).
Paulo nutria o desejo de partir deste mundo e estar com Cristo,
porém, o amor pelos irmãos era maior que o desejo pelo ‘melhor do mundo
vindouro’. Paulo tinha certeza que ficaria e permaneceria em meio aos
cristãos para proveito e gozo da fé (do evangelho). O texto por si só
demonstra que o apóstolo, mesmo tendo o desejo de estar com Cristo, não
nutria idéias suicidas.
É certo que o cristão não perderá a salvação caso sofra de algum
distúrbio físico ou psíquico (há casos em que uma disfunção do físico
acarreta distúrbios psíquicos) e cometa o suicídio. Porém, se de outro
modo, alguém que se intitula cristão, deliberadamente atentar contra a
própria vida como fazem os seguidores de Maomé, como será engrandecido o
nome do Senhor em tamanho desatino? ( Fl 1:20 -26).
Os apóstolos eram alvos de múltiplos sofrimentos, prisões, escárnios,
perseguições, torturas, porém, não desistiam de viver. Embora
esperassem ser revestidos da imortalidade, nenhum deles, nenhum sequer
apressou de moto próprio a hora de partir. Estavam certos de que “... foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele..." ( Fl 1:29 ).
Portanto, quem professa a verdade do evangelho e não sofre de nenhum
distúrbio grave de ordem psíquica, jamais intentará contra a própria
vida.
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